Em uma entrevista na quinta-feira, Jay Jacobs, Chefe da área de ETFs de ações nos EUA da BlackRock, respondeu à CNBC que Bitcoin deveria ser avaliado como "um ativo não correlacionado, benéfico quando o mundo se torna mais caótico".
"No longo prazo, as criptomoedas vão divergir das ações de tecnologia dos EUA", disse Jacobs, enfatizando que as tensões de mercado de curto prazo podem mascarar as diferenças, mas "a correlação de longo prazo entre as ações dos EUA e o Bitcoin é como dois ou três por cento". Ele argumentou que o que impulsiona as ações para cima – "maior crescimento, mais certeza, menor risco geopolítico" – é a imagem espelhada das forças que exercem o Bitcoin. "O Bitcoin prospera quando você tem mais incerteza e está procurando algo que funcione de forma diferente, então, basicamente, eles agirão como um ativo não correlacionado."
BTC está sendo negociado a menos de 94.000 dólares durante a aparição de Jacobs, estendendo o rali que aumentou cerca de 150% desde que os ETFs à vista foram aprovados no início do ano passado.
Bitcoin Valoriza Graças à "Super Força"
Jacobs liga o comportamento dos preços diretamente ao fluxo de caixa. "Achamos que, a longo prazo, se essa trajetória de instabilidade maior em todo o mundo continuar, coisas como ouro e Bitcoin continuarão a subir". Ele observa que os investidores estão se reposicionando: "Vimos um fluxo de dinheiro significativo para ETFs de ouro; vimos um fluxo de dinheiro significativo para Bitcoin, e tudo isso é porque as pessoas estão procurando ativos que terão um comportamento diferente."
O maior beneficiário é o iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock, que, no dia 23 de abril, absorveu 643 milhões de dólares em criação líquida - o maior aumento em um dia desde janeiro - elevando os ativos do fundo para cerca de 54 bilhões de dólares.
Jacobs enquadrou a corrida para ativos duros como parte de uma reorientação geopolítica de longo prazo. “Se você olhar para os bancos centrais em todo o mundo, um movimento contínuo em direção à diversificação além de apenas manter dólares é algo que vem acontecendo há muitas décadas… a transição de apenas manter dólares para manter ouro e considerar outros tipos de ativos como Bitcoin é uma tendência que vem se desenvolvendo ao longo de muitos anos.”
A atividade de compra de ouro pelos bancos centrais ilustra essa mudança: a quantidade de ouro comprada líquida atingiu um pico de 1.044 toneladas em 2024, o terceiro ano consecutivo acima da marca de mil toneladas, o dobro da média da década anterior.
Ele ligou esses movimentos de reserva ao quadro de "superpoder" de 2023 da BlackRock, que identifica a fragmentação geopolítica como o motor secular dos lucros. "Esse superpoder está presente em políticas como trazer a produção de volta para os Estados Unidos e eu acho que, diretamente relacionado a essa fragmentação, está o aumento de coisas como Bitcoin, à medida que as pessoas veem a situação geopolítica se tornando mais instável, levando à demanda por mais ativos alternativos."
A influência da BlackRock é difícil de exagerar: a empresa encerrou o primeiro trimestre com um recorde de 11,6 trilhões de dólares em ativos sob gestão.
Ao combinar essa medida com o argumento público de que o preço justo do Bitcoin aumenta à medida que a instabilidade cresce, a empresa de gestão de ativos está realmente codificando um modelo de precificação onde a escassez e a capacidade de resistência a sanções—não o fluxo de caixa descontado—estabelecerão o preço marginal.
De acordo com Jacobs, o mercado está "procurando soluções alternativas - as partes do portfólio funcionarão separadamente de ações e títulos". Com o IBIT agora consumindo mais BTC por dia do que a quantidade que os mineradores podem extrair após a halving, seus comentários podem fornecer o design mais claro até agora sobre como o maior gestor de ativos do mundo pensa sobre a avaliação da maior moeda criptográfica do mundo.
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Como Avaliar o Bitcoin? O CEO da BlackRock Explica
Em uma entrevista na quinta-feira, Jay Jacobs, Chefe da área de ETFs de ações nos EUA da BlackRock, respondeu à CNBC que Bitcoin deveria ser avaliado como "um ativo não correlacionado, benéfico quando o mundo se torna mais caótico". "No longo prazo, as criptomoedas vão divergir das ações de tecnologia dos EUA", disse Jacobs, enfatizando que as tensões de mercado de curto prazo podem mascarar as diferenças, mas "a correlação de longo prazo entre as ações dos EUA e o Bitcoin é como dois ou três por cento". Ele argumentou que o que impulsiona as ações para cima – "maior crescimento, mais certeza, menor risco geopolítico" – é a imagem espelhada das forças que exercem o Bitcoin. "O Bitcoin prospera quando você tem mais incerteza e está procurando algo que funcione de forma diferente, então, basicamente, eles agirão como um ativo não correlacionado." BTC está sendo negociado a menos de 94.000 dólares durante a aparição de Jacobs, estendendo o rali que aumentou cerca de 150% desde que os ETFs à vista foram aprovados no início do ano passado. Bitcoin Valoriza Graças à "Super Força" Jacobs liga o comportamento dos preços diretamente ao fluxo de caixa. "Achamos que, a longo prazo, se essa trajetória de instabilidade maior em todo o mundo continuar, coisas como ouro e Bitcoin continuarão a subir". Ele observa que os investidores estão se reposicionando: "Vimos um fluxo de dinheiro significativo para ETFs de ouro; vimos um fluxo de dinheiro significativo para Bitcoin, e tudo isso é porque as pessoas estão procurando ativos que terão um comportamento diferente." O maior beneficiário é o iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock, que, no dia 23 de abril, absorveu 643 milhões de dólares em criação líquida - o maior aumento em um dia desde janeiro - elevando os ativos do fundo para cerca de 54 bilhões de dólares. Jacobs enquadrou a corrida para ativos duros como parte de uma reorientação geopolítica de longo prazo. “Se você olhar para os bancos centrais em todo o mundo, um movimento contínuo em direção à diversificação além de apenas manter dólares é algo que vem acontecendo há muitas décadas… a transição de apenas manter dólares para manter ouro e considerar outros tipos de ativos como Bitcoin é uma tendência que vem se desenvolvendo ao longo de muitos anos.” A atividade de compra de ouro pelos bancos centrais ilustra essa mudança: a quantidade de ouro comprada líquida atingiu um pico de 1.044 toneladas em 2024, o terceiro ano consecutivo acima da marca de mil toneladas, o dobro da média da década anterior. Ele ligou esses movimentos de reserva ao quadro de "superpoder" de 2023 da BlackRock, que identifica a fragmentação geopolítica como o motor secular dos lucros. "Esse superpoder está presente em políticas como trazer a produção de volta para os Estados Unidos e eu acho que, diretamente relacionado a essa fragmentação, está o aumento de coisas como Bitcoin, à medida que as pessoas veem a situação geopolítica se tornando mais instável, levando à demanda por mais ativos alternativos." A influência da BlackRock é difícil de exagerar: a empresa encerrou o primeiro trimestre com um recorde de 11,6 trilhões de dólares em ativos sob gestão. Ao combinar essa medida com o argumento público de que o preço justo do Bitcoin aumenta à medida que a instabilidade cresce, a empresa de gestão de ativos está realmente codificando um modelo de precificação onde a escassez e a capacidade de resistência a sanções—não o fluxo de caixa descontado—estabelecerão o preço marginal. De acordo com Jacobs, o mercado está "procurando soluções alternativas - as partes do portfólio funcionarão separadamente de ações e títulos". Com o IBIT agora consumindo mais BTC por dia do que a quantidade que os mineradores podem extrair após a halving, seus comentários podem fornecer o design mais claro até agora sobre como o maior gestor de ativos do mundo pensa sobre a avaliação da maior moeda criptográfica do mundo.